terça-feira, 26 de julho de 2011

Tipos de Leitura - Parte 2 - Processo de leitura Ativa

Processos de leitura ativa

Uma leitura activa implica os seguintes processos: consultar o dicionário, sublinhar, fazer anotações e tirar apontamentos. Isto exige que o estudante tenha à mão dicionários, cadernos, esferográficas, lápis, borracha... Exige ainda que ele escolha locais apropriados e posturas físicas correctas para ler e escrever. Desaconselha-se, por isso, a opção daqueles que estudam reclinados no sofá ou na cama.

1 - Consultar o dicionário
 O bom leitor não precisa de ir ao dicionário ver o significado de todas as palavras, desde que possa entendê-las. Às vezes, consegue-se saber o que significa uma palavra pela análise dos seus componentes (prefixos e raízes do grego ou do latim), pela comparação com outras semelhantes e conhecidas ou ainda pelo contexto. Mas é aconselhável consultar um dicionário, sempre que se encontrem expressões desconhecidas ou de sentido duvidoso e que sejam fundamentais para a compreensão do texto. O dicionário é fonte rápida e segura para tirar dúvidas.

Uma das finalidades da leitura é captar as ideias. Ora, só podemos ter a garantia de compreender uma ideia se compreendermos as palavras e as frases. Daí a necessidade de ter à mão um dicionário geral e, sempre que possível, dicionários especializados, onde possamos esclarecer o significado exacto dos termos (técnicos e científicos) que não dominamos. Não tendo dicionários à mão, devem anotar-se as palavras desconhecidas em «listas de espera», para esclarecer depois.
Consultar o dicionário não só ajuda a perceber melhor um texto como também enriquece o vocabulário. Isto é razão suficiente para alguns professores, sobretudo professores de Língua Estrangeira, aconselharem um «caderno de vocabulário»,onde os alunos possam escrever palavras novas, definições e sinónimos.

Conhecendo e aplicando corretamente palavras novas, combate-se a ignorância e adquire-se maior competência a falar e a escrever.

2 - Sublinhar
Sublinhar um texto é uma forma de estar mais atento e de captar melhor o que se lê. Quem sublinha lê duas vezes. Um sublinhado bem feito permite ainda tirar bons apontamentos e fazer revisões rápidas, na véspera das provas.

A arte está em saber extrair e sublinhar o essencial do meio das frases mais ou menos complexas do texto. Em geral, o mais importante para o autor é assinalado nos títulos, nos subtítulos e na insistência em determinadas afirmações. Os interesses do leitor podem levá-lo a sublinhar outras coisas.

Sublinhar bem um livro ou um texto desperta a atenção, ajuda a captação e facilita as revisões. Para sublinhar bem, apontamos três regras fundamentais: 
- Dar prioridade a definições, fórmulas, esquemas, termos técnicos e outras palavras ou expressões que sejam a chave da ideia principal. 
- Não abusar dos traços e das cores. Em geral, basta destacar uma frase ou duas, por parágrafo. Sublinhar tudo é o mesmo que não sublinhar nada.
- Sublinhar apenas livros pessoais. É falta de respeito pelos outros riscar livros emprestados. Além do mais, um sublinhado só funciona bem para a pessoa que o fez. Cada pessoa tem o seu método próprio.


3 - Fazer anotações
O leitor ativo pensa enquanto lê e faz anotações, à margem dos textos, como prova do seu espírito crítico.

As anotações são reações ou comentários pessoais e podem expressar-se através de variadas formas:
- pontos de exclamação (!), como sinal de surpresa ou entusiasmo;
- pontos de interrogação (?), como sinal de dúvida, discordância ou rejeição;
- letras diversas para fazer uma observação simples (exemplos: B—bom ou bem, I—importante ou interessante, N—não, R—rever. . .);
- palavras que resumam o núcleo central de um parágrafo;
- uma nota de referência a outras ideias sobre o assunto, defendidas pelo mesmo autor ou por autor diferente (exemplo: cf. livro...pág....).

Cada pessoa escreve o que quer e como quer, nos seus próprios livros. Anotar um livro é enriquecê-lo.
Além de originais, as anotações devem ser claras e breves.

4 - Tirar apontamentos
Tirar apontamentos é um processo que facilita a captação e a retenção da matéria. Escrevendo, aprende-se melhor e guarda-se a informação por mais tempo.

Apontamentos bem elaborados a partir das leituras fornecem ainda informações rápidas e eficientes para fazer trabalhos de casa ou rever a matéria, antes das provas Os apontamentos podem ser de três tipos: transcrições, esquemas e resumos.

4.1 - Transcrições
Transcrever é copiar por extenso um texto ou parte dele.
Copiar textos não é o processo mais eficaz para estudar um assunto, embora seja útil, pois enquanto se escreve pensa-se sobre aquilo que se lê. Mais eficaz será fazer esquemas e resumos.

As transcrições são indispensáveis, quando se pretende recolher dados para a realização de um trabalho escrito, com recurso a citações

Nas transcrições, três regras devem ser respeitadas:
- Não copiar longos textos, integralmente. Basta seleccionar as partes mais significativas.
-  Pôr entre aspas os textos copiados. Tem de ficar bem claro que se trata de transcrição e não de resumo pessoal.
-  Indicar, com precisão, a fonte, ou seja, registar o nome do autor, o título do livro ou da revista, o número da edição, o local de edição, o editor, a data e a página.

Guardados em folhas ou fichas próprias ou mesmo no habitual caderno do aluno, estes apontamentos ficam, assim, prontos a ser utilizados em qualquer momento, dispensando nova consulta de livros.

4.2 - Esquemas
Há pessoas que gostam de passar a esquema as ideias essenciais captadas nas leituras ou nas aulas.

Os esquemas são simples enunciados das palavras-chave, em torno das quais é possível arrumar grandes quantidades de conhecimentos. Representam uma enorme economia de palavras e oferecem a vantagem de destacar e visualizar o essencial do assunto em análise, podendo ainda ser facilmente reformulados.

Além de desenvolverem a criatividade e o espírito crítico, os esquemas são um bom sistema para elaborar planos de trabalho e preparar provas de avaliação.
Existem vários tipos de esquema: índices, quadros, gráficos, desenhos ou mapas.

Qualquer um destes tipos se encontra, com frequência, nos manuais.
Os esquemas são, por vezes, desaconselháveis pela insuficiência de elementos registados e porque a matéria esquematizada com linhas, figuras, sinais e palavraschave, pode perder o sentido, com o decorrer do tempo. Menos ambíguos e, por isso, mais aconselháveis são os resumos, sobretudo quando se precisa da matéria muito tempo depois da elaboração dos apontamentos.

4.3 - Resumos
Resumir é abreviar, tornar mais curto um texto. Isto exige capacidade para seleccionar e reformular as ideias essenciais, usando frases bem articuladas.
Às pessoas pouco treinadas na técnica do resumo propomos a seguinte metodologia:
1.º Compreender o texto, na sua globalidade.
2.º Descobrir a ideia-chave ou tópico de cada parágrafo.
3.º Registar numa folha de rascunho o conjunto dos vários tópicos, recolhidos parágrafo a parágrafo.
4.º Reconstruir o texto, de um modo pessoal, respeitando sempre o plano e o pensamento do autor.

Um bom resumo, tal como um bom esquema, tem quatro características fundamentais:
- Brevidade - os pontos principais da matéria são registados de forma abreviada. O bom resumo não ultrapassa um quarto do texto inicial.
- Clareza - os factos ou as ideias são apresentados sem qualquer tipo de confusão ou ambiguidade.
- Rigor - o essencial do assunto é reproduzido fielmente, sem erros nem deformações.
- Originalidade - a matéria é traduzida numa linguagem original, própria de cada leitor, embora transmita apenas o ponto de vista do autor. Resumir não é comentar!

Fazer resumos é um processo eficaz para compreender e assimilar a matéria. É também um treino fundamental para a transmissão das nossas ideias, de forma breve, clara, rigorosa e original.

Nas provas de avaliação, escritas ou orais, e pela vida fora, exige-se capacidade para comunicar, com rapidez e eficiência, o essencial das coisas que sabemos.
Aprender a resumir é aumentar as hipóteses de sucesso.

(A propósito: quando for convidado a fazer um resumo, não hesite em perguntar qual a extensão desejada, para não haver defeito nem excesso).

Fonte: Aprender a escutar (segmentação)

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